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Os ciclos familiares são como as estações da terra, um constante movimento de semear, cultivar e colher. Assim como o agricultor que prepara o solo, planta suas sementes e aguarda pacientemente pelo fruto, as famílias também passam por fases distintas, marcadas por mandatos, traumas e hábitos arraigados. Assim como o agricultor recebe instrução divina sobre como proceder, as famílias também têm a oportunidade de buscar orientação e sabedoria para romper com padrões negativos e construir um futuro mais promissor. No entanto, muitas vezes, os ciclos se repetem de geração em geração, como sulcos abertos no solo que parecem não mudar. É necessário refletir sobre os padrões estabelecidos, questionar as práticas que não trazem frutos positivos e estar aberto às mudanças. Assim como o agricultor escolhe o lugar certo para plantar cada tipo de semente, as famílias precisam identificar as áreas de suas vidas que precisam de cuidado especial e atenção dedicada. Algumas vezes, os ciclos negativos

Teoria de Aprendizagem, um mundo a ser descoberto.



     Esta semana estou lendo sobre Teoria de Aprendizagem, realmente um mundo a ser descoberto e conquistado!
     Não havia percebido que entre tantas teorias, tantos conceitos, tantos nomes "importados" e até difíceis de serem pronunciados, vemos uma profundidade tão grande nos estudos, mas ao mesmo tempo fáceis de serem entendidas.
     Veja lá, alguns exemplos:
-"Se a psicologia é uma ciência da vida mental – da mente, da experiência consciente – então ela deve desenvolver e defender uma metodologia especial, o que ainda não foi feito com sucesso”. Se, por outro lado, ela é uma ciência do comportamento dos organismos, humanos ou outros, então ela é parte da biologia, uma ciência natural para a qual métodos testados e muito bem sucedidos estão disponíveis. A questão básica não é sobre a natureza do material do qual o mundo é feito ou se ele é feito de um ou de dois materiais, mas sim as dimensões das coisas estudadas pela psicologia e os métodos pertinentes a elas (SKINNER, 1963/1969). 

-Ivan Pavlov (1849-1936) "1 - Eliciar: Provocar uma resposta automática. Dado um estímulo tem-se uma resposta. 2 - Pareamento (ou emparelhamento): Associação de estímulos. Para o condicionamento, usa-se normalmente um estímulo eliciador em conjunto com um estímulo neutro. 3 - Estímulo incondicionado: Evento que elicia naturalmente uma certa resposta reflexa. Tal estímulo não necessita de nenhuma história de pareamento vivida por um indivíduo para provocar o reflexo. Por exemplo, a irritação nasal (estímulo incondicionado) causa naturalmente o espirro (resposta reflexa ou reflexo incondicionado). 4 - Estímulo neutro: Evento que não provoca nenhuma espécie de resposta reflexa. 5 - Estímulo condicionado: Estímulo inicialmente neutro, que passa a eliciar uma resposta reflexa a partir de uma sucessão bem sucedida de pareamentos. Um estímulo neutro, depois de ser emparelhado um número suficiente de vezes com um estímulo incondicionado, passa a eliciar a mesma resposta que este, podendo substituí-lo."

-John Watson (1878-1958) "Dê-me uma dúzia de crianças saudáveis, bem formadas, e meu próprio mundo especificado para fazê-los crescer e, garanto, qualquer um que eu pegue ao acaso posso treiná-lo para se transformar em qualquer tipo de especialista que eu poderia escolher - médico, advogado, artista , o comerciante-chefe e, sim, até mesmo mendigo e ladrão, independentemente dos seus talentos, inclinações, tendências, habilidades, vocações e raça dos seus antepassados" (WATSON, 1930).

-Edward Thorndike (1874-1949) "é preciso praticar (lei do uso) para que haja o fortalecimento das conexões; e o enfraquecimento ou esquecimento ocorre quando a prática sofre interrupção (lei do desuso). Cabe ao professor, portanto, propor aos alunos a prática das respostas desejadas através de muitos exercícios que fortalecem as conexões a serem aprendidas e, ao mesmo tempo, descontinuar a prática de conexões indesejáveis. É preciso praticar para melhorar o desempenho; é preciso que haja prontidão (ajustamentos preparatórios, "sets", atitudes) para que a concretização de uma ação seja satisfatória. Assim, se o professor demonstrar ao aluno que sua resposta é culturalmente aceita (se for o caso) mais predisposto ele estará para responder de uma certa maneira."

-Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) "As etapas básicas de um processo ensino aprendizagem na perspectiva skinneriana são: a)Estabelecimento de comportamentos terminais, através de objetivos instrucionais; b)Análise da tarefa de aprendizagem, a fim de ordenar sequencialmente os passos da instrução; c)Executar o programa, reforçando gradualmente as respostas corretas correspondentes aos objetivos."

-Robert Gagné (1916-2002) Para Gagné a aprendizagem estabelece estados persistentes no aprendiz, os quais ele chama de capacidades humanas (que são: informação verbal, habilidades intelectuais, estratégias cognitivas, atitudes e habilidades motoras). A função de ensinar, para Gagné, é organizar as condições exteriores próprias à aprendizagem com a finalidade de ativar as condições internas. Nesse sentido, cabe ao professor promover a aprendizagem através da instrução que consistiria de um conjunto de eventos externos planejados com o propósito de iniciar, ativar e manter a aprendizagem do aluno.

- Edward Tolman (1886-1959) A partir das suposições básicas da proposta de Tolman podemos extrair alguma implicações para o ensino-aprendizagem: "1-É a intenção, a meta, que dirige o comportamento, e não a recompensa (reforço) em si. Assim, é mais importante o professor evidenciar ao estudante a meta que ele pode atingir caso responda corretamente a um dado estímulo do que recompensá-lo pelo comportamento exibido. 2- As conexões que explicam o comportamento envolvem ligações entre estímulos e conexões, ou expectativas, as quais se desenvolvem como função de exposição a situações nas quais o reforço é possível. Para que o aluno apresenta um comportamento desejado, o professor deverá reforçar o maior número de vezes as conexões entre estímulos e expectativas. 3- O que é aprendido é uma relação entre sinal e significado, o conhecimento de uma ligação entre estímulos e expectativas de atingir um objetivo. O professor deve promover a aprendizagem do aluno através do fortalecimento da ligação entre um sinal (estímulo) e um significado confirmando a expectativa de recompensa do aluno."

-Teoria da Gestalt A Gestalt foi criada pelos psicólogos alemães Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-1940). ão era exatamente uma teoria de aprendizagem, mas uma teoria psicológica. O seu conceito teoria mais importante para o estudo da aprendizagem é o de "insight" – súbita percepção de relações entre elementos de uma situação problemática. Uma característica da aprendizagem por insight é que algumas situações são mais favoráveis do que outras na eliciação do insight. Com isso, em uma situação de ensino, caberia ao professor selecionar condições nas quais a aprendizagem por insight poderia ser facilitada: por exemplo, mostrar ao aluno que a solução de um problema alcançada por insight é facilmente aplicável a outros problemas. Por meio das leis de percepção/aprendizagem, na teoria da Gestalt, veem-se outras contribuições para o ensino-aprendizagem. Por exemplo, a Lei da Pregnância (do alemão Prägnanz): nossa mente tende a organizar nossas percepções de forma a capturar as sensações da forma mais simples, simétrica e ordenada possível. Subordinados a essa lei estão, entre outras: a)O princípio da similaridade (itens semelhantes tendem a formar grupos na percepção), na proximidade (grupos perceptuais são favorecidos de acordo com a proximidade das partes); b)O princípio do fechamento (áreas fechadas formam mais rapidamente figuras na percepção); c)O princípio da continuidade (fenômenos perceptuais tendem a ser percebidos como contínuos)."

-Jerome Bruner (1915-) Bruner, dez anos após a publicação de seus dois livros sobre sua teoria de aprendizagem, revisa algumas questões e propõe a "desênfase" no ensino da estrutura das disciplinas em favor de ensiná-las no contexto dos problemas que a sociedade enfrenta. Além disso, conclui que a elaboração de um currículo não é suficiente para a melhoria da educação, pois esta é profundamente política.

-Jean Piaget (1896-1980) As idéias de Piaget têm influenciado muito os educadores responsáveis pelo ensino de Física (ou Ciências, de um modo geral), principalmente, por mostrar que as crianças desenvolvem espontaneamente noções sobre o mundo físico e que o ensino deve ser compatível com o nível de desenvolvimento mental da criança. A ideia de ensino reversível é outra implicação da teoria de Piaget. Ensinar é provocar o desequilíbrio, mas este não pode ser tão grande a ponto de não permitir a equilibração majorante que levará a um novo equilíbrio. Assim, se a assimilação de um tópico requer um grande desequilíbrio, o professor deve introduzir passos intermediários para reduzi- lo. Ensino reversível não significa eliminar o desequilíbrio e sim passar de um estado de equilíbrio para outro através de uma sucessão de estados de equilíbrio muito próximos, tal como em uma transformação termodinâmica reversível. Outra influência da teoria de Piaget no ensino da Física é o recurso aos métodos ativos, conferindo-se ênfase à pesquisa espontânea da criança ou do adolescente através de trabalhos práticos para que os conteúdos sejam reconstruídos pelo aluno e não simplesmente transmitidos. Mas as ações e demonstrações só produzem conhecimento se estiverem integradas à argumentação do professor. Como referencial construtivista para o processo ensino-aprendizagem, o construtivismo piagetiano foi muito difundido e utilizado.

-David Ausubel (1918-2008) "Se tivesse que reduzir toda a psicologia educacional a um só princípio, diria o seguinte: o fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que o aprendiz já sabe" (MOREIRA e OSTERMANN, 1999, p. 45)

-Carl Rogers (1902-1987) Para Rogers, a aprendizagem significante envolve a pessoa inteira do aprendiz (sentimentos, assim como intelecto) e é mais duradoura e penetrante. Além disso, aprender a ser aprendiz, isto é, ser independente, criativo e autoconfiante é mais facilitado quando a autocrítica e a auto-avaliação são básicas e a avaliação por outros tem importância secundária.

-George Kelly (1905-1967)  De um ponto de vista kellyano, o professor precisa reconhecer que essas teorias são viáveis em seus contextos e que algumas podem estar firmemente inseridas em um sistema de relações com outras teorias. Uma tarefa do professor, segundo o construtivismo de Kelly, consiste em apresentar aos estudantes situações através das quais seus construtos pessoais possam ser articulados, estendidos ou desafiados pelos construtos formais da visão científica. Adotar o ponto de vista kellyano não significa que os alunos deveriam ser deixados a si mesmos para que construam suas visões do mundo sem que lhes sejam apresentadas as teorias científicas (e relativamente melhores). Entretanto, o essencial é que tal conhecimento formal seja apresentado como hipotético e passível de reconstrução e avaliação por parte do aluno.

-Lev Semenovitch Vygotsky (1896-1934) "...o aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer. Assim, o aprendizado é um aspecto necessário e universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente humanas" (VYGOTSKI, 2003, p. 118).

-Paulo Freire (1921-1997 "A originalidade do método de Paulo Freire não reside só na eficácia dos métodos de alfabetização, mas, acima de tudo, na inovação de seus conteúdos para "conscientizar" (...). A conscientização nasce em um determinado contexto pedagógico e apresenta características originais: com as novas técnicas se aprende uma nova visão de mundo, a qual implica uma crítica cujos caminhos não são impostos, mas deixados à capacidade criadora da consciência “livre”; Não se conscientiza um indivíduo isolado, mas sim uma comunidade, quando ela é totalmente solidária com respeito a uma situação-limite comum. Portanto, a matriz do método, que é a educação concebida como um momento do proceso global de transformação revolucionária da sociedade, é um desafio toda situação pré- revolucionária e sugere a criação de atos pedagógicos humanizantes (e não humanísticos) que se incorporam em una pedagogia da revolução" (GADOTTI, 1991, p. 37). 1 - Investigação temática:  O educador ia ao ambiente dos educandos com um caderno ou um gravador, quando possível. Registrava tudo que via e ouvia;  Não havia normas ou regras rígidas nesse processo: o educador perguntava sobre a vida dos alunos, suas visões de mundo e aspirações. O objetivo primordial era registrar as palavras mais usadas pela comunidade já alfabetizada.  Tudo era registrado: formas de falar, versos, descrições do mundo; Daí nasciam as chamadas palavras geradoras e temas geradores. As palavras geradoras eram escolhidas não apenas pelo significado, mas pela relevância social. Tinham também que representar todos os fonemas da língua portuguesa. 2 - Estabelecimento das palavras geradoras e temas geradores:  Essas palavras deviam representar a forma de vida das pessoas da comunidade. Posteriormente essas palavras seriam esmiuçadas e integradas a um conjunto de perguntas.  Essas perguntas poderiam ser existenciais ou seja, ligadas à vida das pessoas na comunidade. Mas poderiam também ser políticas.  Exemplo disso é a palavra geradora governo. Associada a ela poderiam estar os temas geradores poder político, plano político, papel do povo na organização social, participação popular.  Note que os temas geradores são sempre amplos e, principalmente, conscientizadores.

-James V. Wertsch (?) Segundo Wertsch (1995), a mediação de instrumentos e signos é analiticamente mais interessante porque fornece a chave para compreender as mudanças quantitativas e qualitativas no desenvolvimento, assim como a transição das formas de funcionamento interpsicológico em intrapsicológico. Ao explicar e estender a teoria de Vygotsky, Wertsch recorreu às idéias de diversos outros teóricos, em especial aos estudos de Bakhtin (1981; 2006) sobre “translinguística”. Wertsch empregou as noções de “gêneros discursivos”, definidos como tipos de enunciados produzidos em situações típicas de comunicação verbal, e de “linguagens sociais”, relativas aos tipos de falante (WERTSCH, 1993). Wertsch também se apoiou firmemente nas idéias de Burke (1969) sobre o “dramatismo”, principalmente no que se refere às múltiplas perspectivas da ação humana.

...rapaz....quanta coisa!

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